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Tuesday, April 29, 2008

Da Espacialização do Amor

Sinto um misto de fome, sono e dor
Vou tentar rascunhar minha emoção
Numa poesia Express.
Riscada nos trilhos do metrô.
Quero curtir minha solidão.

Quero entender toda essa gente bonita.
Que anda apressada e alegre
Pelas estações da Paulista.

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São sempre muitos desejos.
O principal é me descobrir.
Porque me sinto mais à vontade com a galera em Itaquera
Do que no cume do Cult?

Porque a vida idealizada não está lá?
Porque tamanha idealização?
As dores que sinto são dores da alma.

Quanta dor há de haver periferia?
Lá é a vida e não aqui.

Porque sinto como se tudo isso
Fosse uma farsa mal representada?

Gostaria de vê-los nus e frágeis
Ou ser como eles?

Não tão pouco quanto alguns
Não igual ao demais

Ser topofílico ou topofóbico
Nesses terrenos desiguais

Pertencer, estar,
Geograficamente sentir-me neste lugar.

Janeiro de 2008

3 Comments:

Blogger ODAIR J. ALVES said...

tenho lido seu verso com alguma frequencia
abraço caro amigo

12:07 PM  
Blogger Unknown said...

Disparidades passionais que habitam todo frágil coração. Você, amigo, que é tão forte e sabedor de si, também titubeia seus passos de dança porque a vida [em plena ascensão] sempre se ruboriza com as grandezas germinadas em solo modesto. Nada mais humano esta dor, este incômodo quase agradável d´existir.

Jeferson

PS: não creio que você postou aqueles meus pseudo-haicais! Já que o fez, favor retificar: é "fio te" e não "fiote", rapaz! Háháháhá. Abraços, meu querido.

3:20 AM  
Blogger Daniela Caielli said...

Parceiro! que poesia...
tô por aqui
beijo!

2:28 PM  

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