A pena vale a poesia
Amar em tempos de guerra
É beijar muros salpicados de cimento,
E arriscar saltos sobre as cercas das mansões.
Militar na brigada da vida
É o constrangimento de um nu em frente a igreja,
È crucificar-se anunciando a redenção.
É mostrar a roupa de baixo
Pra quem a vê feia,
E sentir pecador,
Por menos que creia.
Na cruzada ensandecida da paz,
Fere-se o outro,
Fere-se
Mas,
Respira-se
Sonha-se um sonho lascivo
Se não houvesse o aperto, não haveria o alívio.
O aperto aí está,
Pra quem quiser senti-lo, está,
Pra quem não quiser, cercar.
Pra quem não lutar, é ser.
Para quem viver, mudar.
O sentido, a direção.
Rodovias, contramão.
Parapeitos, berços, leitos,
Pára-lamas, terços, mamas.
Os besouros que zombem hinos aos nossos ouvidos
Criam larvas comensais
Que, aos milhares,
Devoram o lado podre de nossas entranhas
E criam flores no Jardim de Acá.
Assim, de noite,
A fragrância sedutora me inebria,
Me carrega para o além, lugares-eu,
Pro depois, em tempos de agora,
E enfim, a amídala implora
Um talvez, um estado completo,
Uma luz, uma alma de inseto.
Não qualquer,
Borboleta Sublime!
Se fulgaz, não comete um crime
Pela intensidade do hoje,
Pela fé num futuro melhor.
Pelos vôos e lábios visados.
Tão crianças, açúcar, suor.
É beijar muros salpicados de cimento,
E arriscar saltos sobre as cercas das mansões.
Militar na brigada da vida
É o constrangimento de um nu em frente a igreja,
È crucificar-se anunciando a redenção.
É mostrar a roupa de baixo
Pra quem a vê feia,
E sentir pecador,
Por menos que creia.
Na cruzada ensandecida da paz,
Fere-se o outro,
Fere-se
Mas,
Respira-se
Sonha-se um sonho lascivo
Se não houvesse o aperto, não haveria o alívio.
O aperto aí está,
Pra quem quiser senti-lo, está,
Pra quem não quiser, cercar.
Pra quem não lutar, é ser.
Para quem viver, mudar.
O sentido, a direção.
Rodovias, contramão.
Parapeitos, berços, leitos,
Pára-lamas, terços, mamas.
Os besouros que zombem hinos aos nossos ouvidos
Criam larvas comensais
Que, aos milhares,
Devoram o lado podre de nossas entranhas
E criam flores no Jardim de Acá.
Assim, de noite,
A fragrância sedutora me inebria,
Me carrega para o além, lugares-eu,
Pro depois, em tempos de agora,
E enfim, a amídala implora
Um talvez, um estado completo,
Uma luz, uma alma de inseto.
Não qualquer,
Borboleta Sublime!
Se fulgaz, não comete um crime
Pela intensidade do hoje,
Pela fé num futuro melhor.
Pelos vôos e lábios visados.
Tão crianças, açúcar, suor.
2 Comments:
Angústia inspirada pelos ataques do PCC...
Falcão!!! Muito bom cara!!!
Gostei pra k...
Pelo menos esta angustia te serviu de inspiração!!
E que nossa indignação vire doçuras nas páginas escritas ou virtuais, nesse maravilhoso mundo da arte poética!!!
Parabéns aí cara!!!!
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